quarta-feira, 25 de maio de 2011

Música: Ke$ha

 
A cantora Ke$ha, de 24 anos, ganhou espaço no mercado da música quando fez um dueto com o rapper Flo Rida e despontou pouco depois com o hit TiK ToK, uma das músicas mais tocadas no ano passado. Antes disso ela já havia escrito canções para The Veronicas e fez backing vocal em álbums de Paris Hilton e Britney Spears.

Quando surgiu, confesso que Ke$ha me chamou a atenção por um fator em especial: ela era suja. Um mix de Avril Lavigne com Taylor Swift, glitter e sujeira. Não simpatizei nem um pouco com ela, apesar de adorar TiK ToK, tudo me irritava nela, voz e visual. Por algumas vezes tentei ouvir seu primeiro álbum, Animal, sem sucesso, porque nunca conseguia ir até o final. Por fim, cansei de tentar e deixei-a de lado.
Britney e Ke$ha
  
Lembrei de sua existência quando Ke$ha se revelou compositora do segundo maior hit de Britney Spears, a música Till the World Ends, presente em seu último álbum de estúdio, o Femme Fatale, do qual já falei por aqui. Depois disso, Ke$ha também fez participação no remix da música, juntamente com a rapper Nick Minaj. Foi aí que pensei: se a Britney, que é tão seletiva, deu uma chance pra essa menina (que inclusive já alfinetou algumas vezes em declarações) porque eu não devo tentar mais uma vez? Então, por mais brega que possa soar, deixei o preconceito de lado e abri meu coração para ouvir suas músicas.

Comecei de trás pra frente, ouvindo o EP Cannibal, que foi lançado também em versão deluxe com o álbum Animal este ano. Confesso que a música Blow, segundo single desse trabalho, já havia me conquistado há tempos mas eu não queria admitir. A música é incrível! O vídeo é um dos meus favoritos de todos os tempos. Sleazy, We R Who We R  e Cannibal, que dá nome ao EP, também são músicas marcantes que favorecem por completo o estilo de Ke$ha: dançante, contagiante, despretencioso e, por que não, sujo! No álbum Animal, minhas favoritas são os singles Your Love is My Drug e Take it Off, além das ótimas Back$tabber e Dancing With Tears in My Eyes, e, claro, TiK ToK! Na minha opinião, o EP valoriza mais a voz da Ke$ha e reafirma realmente como ela quer ser vista pelo público, enquanto o álbum é mais uma introdução, um experimento para ver como ela seria aceita. Ou seja, pra mim, Cannibal tem muito mais personalidade e tomara que os próximos trabalhos da cantora continuem seguindo essa linha.

Pra mim, compôr não é um fator muito importante para um cantor. Acredito que a interpretação é tudo: uma música ruim pode ficar ótima com o artista certo. Mas é legal frisar que, por mais superficiais que sejam suas letras, Ke$ha também pode escrever além de cantar. Seus atributos vocais não são os melhores do mundo, mas a voz dela me agrada bastante, com ou sem sintetizadores: detesto vozes gritando no meu ouvido - gosto de Christina Aguilera e Rihanna, mas paro por aí -, e a voz ela é firme e nada forte, seguindo o padrão das cantoras que eu normalmente costumo ouvir.

Ke$ha, ao meu ver, é tudo o que Lady GaGa queria ser e não conseguiu: irreverente, debochada e diferente, sem precisar ser uma aberração ambulante e usar tantos artifícios apelativos. É claro que ela nunca foi suja desde sempre, mas é visível que ela conseguiu se encontrar assim e incorporar essa personagem muito naturalmente, sem parecer forçada. Descobri que gostar da Ke$ha é pra poucos, e é por isso que demorei tanto pra me deixar levar por essa garota única e talentosa. Na verdade, eu já estava envolvida há muito tempo, só me faltava a coragem e um empurrãozinho da Britney pra eu admitir logo.

Então, a recomendação que faço pra vocês é: SE JOGUEM NO GLITTER, 'CAUSE THIS PLACE ABOUT TO BLO-O-O-O-OW!





4 comentários:

  1. Bacana! Parabéns!!!

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  2. Kesha é aquela que eu chamo de Keshata, Lissoca
    entao vou parar de comentar por aqui =x
    HAHAHAHAHAH
    bjaooo <3

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  3. Tá explicado por que eu achava que você não gostava dela...

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  4. tenho medo dos unicórnios de Blow

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