sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Música: Cinderella's Eyes, por Nicola Roberts

Nunca fui grande fã das Girls Aloud, então, quando a banda se separou, nem senti muito. Não me interessei pela integrante que se lançou primeiro no mercado, Cheryl Cole. Ouvi as músicas, me limitei a gostar de duas delas e o resto achei bem sem tempero. Por este motivo, quando as outras meninas lançaram trabalhos solo, nem me preocupei em ouvir.
Porém, navegando por alguns blogs de música e cultura pop, li excelentes críticas ao álbum Cinderella's Eyes, da Girl Aloud Nicola Roberts. Quando no grupo, ela era  a que mais me chamava a atenção: perto da outras, mulherões que exalavam sensualidade, Nicola sempre foi mirrada e discreta. A mídia "bateu" nela por algum tempo, dizendo que ela destoava do grupo e sempre questionando seu talento. Agora, com o grupo desfeito, afirmo a vocês: foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na carreira de Nicola Roberts.
O álbum Cinderella's Eyes veio para responder às críticas da mídia: Nicola pode dançar, cantar, compôr e tudo muito bem. Eu dei uma chance à ela e não me arrependo!


A contagiante Beat of My Drum, primeiro single de Nicola, abre o Cinderella's Eyes. Na primeira ouvida, achei a música chata e enjoativa. Mas essa impressão foi embora rapidinho ao ver o clipe, que é delicioso! Depois disso, bastam mais algumas ouvidas e você já estará dançando loucamente to beat of her drum!


A segunda música e segundo single de Nicola é a faixa fofinha Lucky Day. A princípio, é só isso o que você acha que ela é: fofinha. Mas a música gruda na cabeça. Você começa a se sentir com um pouquinho de sorte psicológica a mais e a ir para o trabalho cantarolando: "Could it be my lucky day?" O clipe é lindo, e tem Nicola divando pelas ruas de NY.


E sabem o que eu gosto mais nisso tudo? O climinha vintage que tanto o álbum quanto os vídeos de Nicola têm, aquele toquezinho alternativo e ainda assim bastante atual. Por isso, o clipe de Yo-Yo não pode ser diferente. Essa é minha faixa preferida do Cinderella's Eyes, por enquanto. A letra é uma das melhores, assim como o vocal da cantora que envolve e conquista quem está ouvindo a música. Mal comecei a ouvir já favoritei no meu Last.Fm... com ela, tive a certeza de que queria conhecer o trabalho da Nicola mais a fundo.


Em seguida temos a faixa que dá nome ao álbum, Cinderella's Eyes. Com uma letra que retrata a independência nessa nova fase de Nicola, a gata borralheira se transforma realmente em uma princesa cheia de atitude e questionamentos, mais decidida a cada minuto do álbum. Porcelain Heart dá uma quebrada na agitação do álbum. Ainda é agitada, mas tem uma delicadeza que se sobressai, especialmente na letra.  Pelo que li, essa é a favorita dos fãs e grande cotada para ser lançada como single. Acredito que a sétima música do álbum, "i" seja a mais autobiográfica de todas. Eu mesma me identifiquei muito com a letra. "I'm scared of dying and not trying, scared of getting old. I'm scared of telling lies 'cause karma comes and eats me whole." Outro ponto a favor dessa música é o lindo live que Nicola faz dela. Muito, muito encantador e intimista! E eu me pergunto: como ousaram duvidar da capacidade dela?


O álbum segue tranquilo com a única música não composta por Nicola, um cover de alguém-que-não-sei-quem-e-fiquei-com-preguiça-de-pesquisar, Everybody's Got To Learn Something. Você dá uma cochiladinha, e logo vem Say it Out Loud, pra te acordar, seguida pela ótima e sangrenta Gladiator, que, na minha opinião, também daria um ótimo single e um vídeo melhor ainda - quando eu escuto me vêm mil ideias. Em Fish Out of Water você dá outra dormidinha. De longe, essa é a faixa que eu menos gosto em todo o álbum... na verdade, acho bem chatinha. Mas nem me demoro no lamento, pois Take a Bite já vem sacudindo tudo de novo. E, pra fechar com chave de ouro, temos Sticks + Stones. Essa é um beijo que Nicola manda pra todo mundo que jogou paus e pedras nela. Ela ficou machucada mas avisa: foi só um pouquinho. Ela tá inteira, mais forte e melhor que nunca!
E você? Tá esperando o que pra ver o mundo através dos olhos de uma Cinderella extremamente competente e talentosa? Este é, com certeza, um dos melhores lançamentos pop de 2011.

domingo, 20 de novembro de 2011

My Britney Spears Experience

Impossível não vir aqui relatar essa experiência detalhadamente, né?

Tudo começou com o sinal verde que minha mãe deu para que eu comprasse o ingresso, perto do meu aniversário. Nem acreditei. Cogitava muito remotamente a possibilidadade de ver um show da Britney no Brasil. O trajeto era longe, caro e cansativo. Mas não é que tudo deu certo?
Eu e o Bruno chegamos na Arena Anhembi, local do show, por volta de 17 horas. Retiramos os ingressos e entramos sem enfrentar fila. A arena estava tomada só até a metade. Demos uma passadinha na loja oficial: tudo muito caro, infelizmente doeu no bolso e não compramos nenhum material. Ficamos num lugar relativamente bom, atrás da caixa de som, onde tinhamos uma visão do palco e de um dos telões também. Não aguentamos e ficamos esperando comportadamente sentadinhos, comendo Ruffles e lendo os tweets que o pessoal mandavam pra T4F no telão!


A espera foi interminável! Nossa... os minutos não mudavam no relógio, era a mesma hora sempre... foi muitíssimo complicado ficar lá, sem fazer nada, só esperando o show começar. Enfim, a banda de abertura começou a tocar. Era a tal Copacabana Club, uma coisa meio eletrônica e totalmente sem graça. O público no geral tava achando um tédio, pelo menos quem tava perto da gente - interagimos com alguns fãs que também estavam por lá irritados com as músicas chatas que a banda estava tocando. Uma animada geral aconteceu quando começaram a tocar um remix de We Found Love, da Rihanna. Mas foi só, também. Nisso, foi escurecendo e fazendo um frio do caramba. Uma leve ameaça de chuva pairava sobre nossas cabeças... pairou, aliás, durante todo o show, mas não caiu e não nos atrapalhou, ainda bem!

Quando a Copacabana Club saiu do palco, colocaram uma contagem regressiva no telão, de meia hora. A medida que os minutos se passavam, o letreiro escrito Femme Fatale piscava, brilhava e mudava de cor. E a cada mudança dessa, o público gritava e vibrava.


Britney entrou no palco às 22 horas em ponto. Foi muita gritaria! Infelizmente, a partir daí, fiquei com medo de tirar meu celular do bolso pra tentar filmar e fazer vídeos, porque, além de todo mundo estar pulando muito, as imagens e sons não ficariam bons. O show começou com Hold it Against Me, seguida de 3 e de Up & Down. Esse bloco de abertura era o que eu mais esperava ver, as músicas eram as minhas favoritas na setlist. Cantei altíssimo e pulei o tempo todo - foi lindo! Ela estava linda, radiante, sorridente, FELIZ! E foi muito gratificante vê-la assim. Vejam esse vídeo que achei no YouTube, da primeira música, feito por algum fã que também estava lá:


Só posso dizer que foi lindo ouvir o coro dos fãs cantando cada música em uma só voz! A grande maioria do público sabia todas as músicas na ponta da língua, fossem novas ou antigas. Acho que a parte que o pessoal mais vibrou foi quando começou I Wanna Go! Todo mundo pulando e cantando alto... Sinceramente? Acho que a Britney ficou impressionada com o carinho do público. Pelo telão, eu via a carinha dela, os olhinhos brilhando, toda encantada: "I love you, São Paulo!", ela disse, e a arena veio abaixo. Ela interagiu com o público, acho até que bem mais do que o que estamos acostumados. Outra parte querida por todos foi, claro, ... Baby One More Time, seguida por S&M e por I'm a Slave 4 U, essa última com a coreografia original do clipe.

Quem fala que a Britney não dança mais ou é hater ou é cego. Ela estava com fogo na roupa, executando todos os passos com perfeição e leveza, sem parar nem uma vez, o corpo lindo, o cabelo lindo! Aquela era a Britney que todos nós conhecemos, esperamos e pagamos pra ver. Ela não surpreendeu, porque eu já sabia que ela estaria na melhor forma possível, em todos os sentidos. Uma das minhas performances favoritas é a de Boys, aqui também em um vídeo feito por algum fã:

 

Bem... acho que através desse relato ficou bem claro que foram as duas melhores horas da minha vida! Eu decididamente realizei um sonho, vi a Britney ali, de longe, pequenininha, linda... respirei o mesmo ar que ela, estive no mesmo lugar que ela... estive ali, com ela! Durante o show esqueci de tudo e de todos, não tinha olhos e nem cabeça pra mais nada, aproveitei intensamente... Não posso negar que segurei o choro durante o show inteiro, mas na hora da despedida com Till The World Ends eu não consegui segurar as lágrimas. Ela estava indo embora e eu daria tudo para ficar ali mais alguns minutos... Obrigada, Britney! Você não sabe que eu existo, mas eu mando todas as minhas melhores vibrações pra você todos os dias, pra que você possa continuar realizando sonhos e dando forças a cada um de seus fãs. Você não sabe que eu existo, mas eu posso afimar com toda certeza de que você é pra mim um grande exemplo a ser seguido! Obrigada por falar por mim em suas músicas, por ter estado presente com cada canção em um momento da minha vida, por me ensinar que dificuldades podem ser superadas e, principalmente, que sonhos podem ser realizados. Não demore a voltar: eu preciso te ver de novo!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Música: 5 músicas de Britney Spears que você precisa ouvir

Oi pessoal! 
Primeiramente, me desculpem o abandono do blog... Está difícil de atualizar com tanta coisa pra fazer! Faculdades, trabalho, provas e a vida que sobra, né? Hahaha!


Bom, não me lembro se já comentei por aqui, mas no próximo dia 18 de novembro realizarei um grande sonho: assistirei ao show da Britney Spears, em São Paulo! Como uma fã antiga (sofrendo since 1999), vocês podem imaginar a emoção que estou sentindo. Da primeira e única vez em que ela veio ao Brasil, foi em um Rock in Rio e eu tinha apenas 11 anos de idade, ou seja, as possibilidades de vê-la eram nulas. Porém, agora a espera acabou: na próxima semana embarcarei para assistir ao grande espetáculo que é a Femme Fatale Tour

Dito isso, adivinhem se não estou ouvindo a setlist do show compulsivamente? É claro que sim e sem parar! Porém, outro dia, dei por mim pensando: Britney tem músicas muito, mas muito boas, e que pouca gente conhece! Costumo chamá-las de "músicas para fãs", porque além de serem, de certa forma, meio undergrounds, se você não for fã, dificilmente vai conhecer. Resolvi então fazer aqui uma listinha com cinco músicas da Britney que são desconhecidas e que acho dignas de divulgação! Vamos lá:

1. He About To Lose Me 
Essa música é uma bonus track da versão deluxe do último álbum de Britney, o Femme Fatale. Ela foi tocada em alguns shows no início da turnê, mas infelizmente foi retirada da setlist por problemas na estrutura onde era apresentada. Infelizmente, não a escutarei no show do Brasil. Essa também é minha música favorita da Britney em todo o mundo: ouvimos voz pura de Britney, fato este enfatizado pelo produtor da música, que resolveu atender ao pedido dos fãs e lançar algo bem cru. A letra, o instrumental... tudo forma um conjunto perfeito. 


2. Phonography
Outra faixa bônus, desta vez do álbum Circus. Fica quase empatada com He About To Lose Me na minha lista de favoritas! Tenho uma quedinha por bonus tracks, hahaha! A letra, o ritmo e o conceito da música (phone sex!) são bem sensuais, bem como o vocal de Britney. Dá pra viajar ouvindo! Imagino muito fácil um vídeo dessa música, mas não sei se conquistaria as paradas. Em todo caso... escutem!


3. Dangerous
Essa faixa é um grande mistério. Ninguém sabe quando foi gravada ou para qual álbum seria destinada - foi vazada por um fã misterioso há pouco tempo. Eu chuto que seria para o Circus, pois tem uma sonoridade muito similar à uma bônus desse cd, Rock Me In. Também visualizo facilmente essa música na trilha sonora de algum filme engraçadinho, sexy e deliciosamente violento, como Sin City ou qualquer coisa vinda do Tarantino. O que vocês acham?

 

4. Let Me Be
Essa é a nona faixa do álbum Britney. Sou muito fã da letra dessa música! É um dos muitos exemplos em que respiro fundo, abro um sorriso e digo em alto e bom som: Britney fala por mim! É muito gostoso se identificar com o que seu artista favorito canta pra você. Infelizmente essa música não fez parte da turnê do álbum, a Dream Within A Dream, e acredito que nunca veremos um live dessa música :( Na minha opinião, esse também é um dos melhores vocais da Britney.

 
 
5.  Toy Soldier
Presente no álbum Blackout, para mim essa é uma das faixas mais exóticas que a Britney já gravou. Todos os elementos da música são estranhos, mas combinam extremamente bem! Gostaria de ver uma performance ou clipe dela algum dia... Mas acredito que seja muito agressiva para que a Britney apresente ela, pelo menos por agora... não combina com o momento pelo qual ela está passando e nem pela imagem que vem expondo nos shows. Provavelmente será mais uma boa faixa totalmente deixada de lado.


São essas as minhas indicações de hoje, com a recomendação de que nunca deixem os clássicos de lado! Continuem se lembrando de Britney pelo o que vocês já estão acostumados: ... Baby One More Time, Oops!... I Did It Again, I'm a Slave 4 U, Gimme More e outros tantos singles de sucesso, afinal, foram essas músicas que construíram a carreira dela! Porém, não se esqueçam de que o talento dessa mulher vai muito além do que vocês vêem por aí, tudo devidamente representado por essas cinco músicas. E, caso alguém se sinta interessado em ir um pouco além e conhecer mais, falem comigo.

Espero que gostem! Me desejem bom show, porque agora eu só voltarei aqui para fazer o relato dele! Beijos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Série: Merlin


"Tosco". Esse foi meu primeiro pensamento quando assisti o primeiro episódio de Merlin, série exibida pela BBC desde 2008. Achei os efeitos especiais muito mal feitos para um série de tamanho prestígio lá fora, as atuações fraquíssimas, o cenário totalmente irreal com toda aquela falsa glamourização da idade média (todo mundo limpo, maquiado, bem vestido, depilado, de dentes brancos etc)... mas uma coisa me fez continuar assistindo: o roteiro.

O reino é Albion, mas o castelo ainda é Camelot. Merlin não é um velho de barba comprida e branca  que anda apoiando-se em um cajado (embora assim se disfarce de maneira satisfatória em um episódio). É um jovem esperto e cheio de energia, com uns 20 anos de idade, interpretado pelo novato Colin Morgan.

A história se passa quando Artur era apenas um príncipe e seu pai, o Rei Uther, ainda governava. Todos estão ainda jovens e o reino, na medida do possível, vive em paz. Interessante, não? Nunca antes eu havia visto essa abordagem da lenda arturiana, afinal, o que mais vemos e lemos por aí com frequencia, é que Morgana assassinou Uther e logo Artur se tornou rei, ou qualquer coisa parecida com essa vertente.

Acreditem, ver personagens de uma lenda tão conhecida, sempre imaginando-os mais velhos, cansados e enfrentando guerras de verdade, de uma outra forma... é mágico. A série é muito leve. Tem pitadas de humor, mistério e muita, muita magia. E, claro, algumas características comuns são preservadas e facilmente reconhecidas.

Aos poucos, ao longo das temporadas, tudo o que reclamei no início do texto se aperfeiçoa. Bradley James, intérprete de Artur, além de lindo, é um show a parte. Em sua pele, Artur não é um poço de bondade e compreensão, como mais comumente é retratado. É turrão e extremamente mimado, sedento por atenção. Demora um pouco, mas acabamos por nos acostumar com essa nova imagem do herói medieval.

Na trama, o Rei Uther (Anthony Head) abomina a magia. Quando a série começa, já damos notícias do Grande Expurgo, que foi quando toda a mágica se extinguiu no reino de Albion. Nesse meio tempo o jovem feiticeiro Merlin chega em Camelot, ainda sem ter pleno controle de seus poderes, enviado pela mãe para morar com o médico da corte, Gaius (Richard Wilson), que, em anos passados, envolveu-se com magia, deixando-a de lado em respeito ao rei. Gaius ajuda Merlin a entender seu dom e a utilizar seus poderes da melhor forma possível.


No começo, os episódios seguem a mesma linha: algum pequeno problema surge na corte, Uther manda Artur resolver, ele se atrapalha, Merlin o ajuda com magia, sempre escondendo o fato e sempre tendo Gaius a adverti-lo, Artur acha que fez tudo sozinho e o episódio termina com tudo dando certo. Você acha que nada vai mudar até começar a prestar atenção nos personagens e em suas histórias paralelas.

Morgana (Katie McGrath), ainda boa, tem pesadelos horríveis e premonitórios, mas não pode contar para ninguém além de Gaius, que apazigua tudo dando-lhe poções para dormir melhor. Demora, mas ela, aos poucos, descobre que também tem poderes e conhece sua meia-irmã, a bruxa Morgause (Emilia Fox). É aí que se rebela e foge de Camelot, causando grande susto e distruição, e continua, mesmo longe, tentando dar cabo em Uther e Arthur para tomar o trono.

De todas as alterações e estranhezas dessa versão, a que mais me chamou a atenção foi a retratação de Guinevere (Angel Coulby). Aqui ela é a serva negra de Morgana. Toda a nobreza e delicadeza da Gwen que conhecemos é deixada de lado, tendo a ingenuidade substituída pela coragem. Essa transformação, de todas, é de longe a mais surpreendente e interessante.

No decorrer das temporadas - a quarta começou a pouco tempo e já temos renovação para a quinta - episódios densos e obscuros, em que Artur e Merlin enfrentam perigos mais próximos do que podem ser encontrados em lendas medievais, são intercalados por episódios bem bobocas, como o que um trasgo invade a corte e deixa todo mundo soltando puns fedorentíssimos.

Apesar disso, depois de muita paciência, tudo se estabiliza na terceira temporada com a chegada de dois personagens fundamentais na jornada de Artur: Gwaine (Eoin Macken), meu favorito independente da versão contada da lenda, e Lancelot (Santiago Cabrera, muy hermoso!). Ambos são um toque a mais de familiriadade nesta versão tão alterada de uma história já marcada por determinados fatos que, quando não abordados, parece que falta algo muito importante.

Enfim, para assistir Merlin, você precisa de um pouquinho de determinação, mas afirmo: o encantado retorno é garantido. Merlin luta bravamente para que sua magia seja aceita, reconhecida e usada para o bem. E é mágico acompanhar todo esse delicoso processo!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Herói Perdido, por Rick Riordan

Mais uma série incrível do excelente autor Rick Riordan! Depois de finalizar Percy Jackson e os Olimpianos, abordando a mitologia grega, Rick iniciou a trilogia As Crônicas dos Kane, sobre os deuses do Antigo Egito, cujo primeiro livro eu já resenhei aqui. Agora, enquanto aguardamos o segundo livro da trilogia e a concretização de rumores sobre uma série envolvendo lendas nórdicas, podemos nos deliciar com O Herói Perdido, primeiro livro da série Os Heróis do Olimpo, que mistura a mitologia romana com a grega.

O herói perdido é Percy Jackson, personagem já conhecido e devidamente resgatado nessa nova história. Além dele, reencontramos também Annabeth, Thalia e Quíron, todos dentro do nosso querido e reconstruído Acampamento Meio-Sangue. Eu particularmente adorei esse resgate: todo mundo quer saber o que acontece com nossos personagens favoritos quando o livro acaba de vez, e Rick nos deu esse grande presente mostrando que a jornada de Percy não teve mesmo um fim.

Nesta saga, temos os amigos Piper, Leo e Jason, três amigos semideuses que são retirados de forma nada delicada de sua antiga escola, sendo levados ao Acampamento Meio-Sangue e reclamados por seus pais, os deuses Afrodite, Hefesto e Júpiter. Peraí... Júpiter?

Isso mesmo. É aí que a mitologia romana é inserida na narrativa. No começo, ficamos um pouco confuso com a mistura de referências, mas depois de nos familiarizarmos com esse novo território, fica mais fácil entender.

O enredo é o seguinte: Jason está sem memória: não lembra quem é e de onde vem. Mas sabe que tem uma missão importante a cumprir com a ajuda de seus amigos. Aliás, seriam eles seus amigos mesmo? Ele não tem certeza. Por mais que tente, não consegue se recuperar da amnésia.

Ele precisa correr contra o tempo e contar com Leo e Piper para salvar uma deusa aprisionada, domar um dragão atrevido feito de engrenagens e salvar o pai da garota, que esconde um grande segredo: será capaz de trair seus amigos? Ao mesmo tempo, Leo, meu personagem favorito, aprende a lidar com traumas de infância com um dom muito especial que não era visto há muito, muito tempo.

Pela primeira vez temos Rick escrevendo em terceira pessoa, fato que estranhei um bocado no início. Ainda prefiro suas narrativas em primeira pessoa, me sinto bem mais próxima dos personagens. Apesar disso, o senso de humor do autor continua impecável e discreto. A única coisa que não gostei foi que meu exemplar estava lotada de erros de edição! Nomes de personagens trocados em falas, palavras erradas... O que aconteceu, Editora Intrínseca? Tantos erros assim depois de passar por três revisores é um absurdo.

Enfim, apesar desses pesares, o livro é ótimo, como tudo o que Rick Riordan faz. É apaixonante e um prato cheio para os orfãos de Percy. A continuação, intitulada O Filho de Netuno, não demora a ser lançada. Mal posso esperar!


MUDANDO DE ASSUNTO...

Minha querida amiga Juhjuh, me passou os primeiros selinhos que o blog ganhou! Aqui estão eles: 


E tenho que responder as seguintes perguntas, no primeiro momento menininha por aqui:

1º- Top três melhores produtinhos: Hidrante Crazy, de morango, da Água de Cheiro, esmalte Angélica, da Risquè e blush cor 04, da Vult.

2º- Segredos de Beleza: Não passar vontade.

3º- Uma Personalidade:
Britney Spears ♥

4º- Uma musica: A primeira que me veio em mente: Dancing With Tears in my Eyes - Ke$ha.

5º- Uma Foto: Britney na Femme Fatale Tour, porque o dia no show do Brasil tá chegando e eu estarei lá!


Eu deveria escolher três blogs para receber os selos e fazer o mesmo, mas acho que o meu círculo de contatos não é tão grande e nem adequado pra isso, hahaha! Então fica aqui só o meu agradecimento por ter ganhado esses e a recomendação de que todos visitem e comentem no www.juhjuhfernandes.blogspot.com

E por hoje é só!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Desabafo: O talento está nos olhos de quem vê


Gente, o que foi o show da Ke$ha no Rock in Rio? Ela manda muito bem. Quem me conhece sabe o que eu achava dela e como foi minha redenção (você pode ler mais sobre isso neste post). Eu já sabia que não teria chance de ir em nenhum dos dois shows no Brasil, por diversos motivos, e já estava pesarosa. Mas depois de assistir a apresentação do RIR, fiquei mais ainda. Dá vontade de chorar por ter perdido uma festa dessas.

Todo mundo sabe que a Ke$ha é a cantora mais gongada da música pop atual. Ela tem haters na mesma proporção da quantidade de fãs. As reclamações não variam muito: é suja, é auto tunada, é de mau gosto. Mas eu entendo. Num mundo onde as bizarrices nojentas de Lady Gaga são consideradas o ápice da arte, uma artista verdadeiramente irreverente é rebaixada ao patamar do ridículo, sendo totalmente incompreendida. Um fato risível: vestir de carne, de múmia, de bolhas é arte, então PODE. Chegar num evento dentro de um ovo como se fosse normal também é arte e também PODE. Falar que é hermafrodita então, PODE mais ainda. Mas ter um dançarino fantasiado de pinto no palco, NÃO PODE. Que tipo de critério é esse?

Afinal, porque a Ke$ha é desconsiderada assim? Acho muita hipocrisia quem fala que é música o que importa. Me desculpem. Para um artista que não sabe o que faz em cima do palco, voz potente é bobagem. Todo mundo adora ver um espetáculo elaborado de vez em quando.

E isso, Ke$ha nos dá de sobra. Chuva de glitter, bagunça, gritos. Ela se entrega ao que foi fazer e cumpre muito bem seu papel. Ela não sobe no palco pra mostrar que tem voz ou que toca algum instrumento. Ela sobe no palco pra fazer todo mundo dançar e se divertir. Uma verdadeira festa, embalada por músicas contagiantes e totalmente apropriadas à proposta dela.

Quanto a voz, todo mundo sabe muito bem que ela tem uma potência leve. O que pouca gente sabe é que nosso querido Dr. Luke decidiu investir em Ke$ha justamente por isso: ele queria uma cantora que misturasse bem versos falados e cantados. Sendo assim, ao vivo ou em estúdio, Ke$ha continua fazendo o que propõe. (obs.: ah, e quando foi mesmo que Dr. Luke errou?)

As críticas mais feias que vi sobre essa apresentação do RIR foram as que diziam que Ke$ha era uma pseudo-rebelde. Por favor, né? Não é possível que é tão complicado entender ironia e deboche nas entrelinhas de tudo o que ela faz. Não devemos levar sua atuação tão a sério assim. Ela incorporou uma imagem, simplesmente, como praticamente todas as cantoras fazem. Ela quer e gosta de ser trash.

Sinceramente? Aos meus olhos, minha querida Ke$ha é o lixo mais bonito e bem produzido de todos os tempos, que a cada dia ganha mais o meu respeito por se arriscar num cenário onde é tão importante ter um diferencial pra ganhar terreno. Dêem uma chance. Ela dá a cara a tapa com uma coragem admirável, superando críticas e pisando cada vez mais em solo firme. Ela não se preocupa em fazer música respeitável, ela quer se divertir e fazer os outros se divertirem também. Valorizem a honestidadade, a simplicidade, a acessibilidade. Ela é o que é.

Uma artista completa. Só depende dos olhos de quem vê.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Livro: A Espiã, por Louise Fitzhugh

Harriet M. Welsh, a Espiã ou simplesmente uma menina de onze anos muito chata. Essa é a protagonista do livro escrito por Louise Fitzhugh, uma menina que espiona a vida de todo mundo que esteja suficientemente próximo dela e anota tudo em um caderninho secreto.

O livro é dividido em duas partes. Na primeira, conhecemos um pouco da rotina de Harriet: ir para a escola, ser chata, espionar diferentes vizinhos, gritar um pouco com alguém dentro de casa, brincar e anotar coisas em seu precioso caderninho. Ela é cuidada pela Bá, uma babá carismática e atenciosa, que tem uma paciência de Jó ao lidar com essa criança chata que Harriet é. Eu pelo menos não me lembro de ser tão insuportável aos onze anos de idade.

Um dia, por motivos que não vou relatar aqui para não atrapalhar a leitura de quem se interessar pelo livro, a Bá vai embora e Harriet se vê sozinha num mundo onde ninguém mais compreende sua necessidade de espionar e escrever para que se torne bem sucedida no futuro.

Em seu caderninho, Harriet anota exatamente o que pensa. Eu sei que crianças conseguem, muitas vezes, serem muito mais maldosas do que qualquer adulto, e Harriet é assim: alguns de seus comentários sobre as pessoas são grosseiros e rudes, quase que sem fundamento. Mas, se pensarmos bem, nós temos pensamentos iguais aos dela quando se trata de certas pessoas.

Na segunda parte, Harriet tem seu caderninho surrupiado pelos colegas de escola, que lêem sobre tudo o que a garota pensa a respeito deles - coisas extremamente críticas e ácidas. E é muito bem feito quando eles deixam Harriet excluída e de lado.

A menina, porém, sem ter a Bá para desabafar, entra num estado de leve depressão e rejeição. Seus pais não conseguem a entender e ela deixa de ir a escola por alguns dias, fingindo uma doença que não tem. Enquanto isso, seus colegas planejam uma vingança.

O livro seria muito bom se Harriet não fosse uma nojentinha pirralha mimada que grita o tempo todo. Porém, se ela não fosse assim, a lição final do livro não teria a mesma graça. Devemos aprender a perdoar os erros das pessoas e aceitá-las como são. Eu perdoei o erro da autora em criar uma personagem tão chatinha e, por isso, dou três estrelinhas a esse livro, cujas continuações não estão entre meus desejos de leitura, apesar disso.