sábado, 25 de junho de 2011

Harry Potter: O verdadeiro significado

Ultimamente tenho sentido uma raiva crescente no que se diz respeito à fãs de Harry Potter. Todo esse rebuliço em torno do ultimo filme da saga faz com que surjam pessoas se dizendo fãs dos buracos mais escuros e imagináveis possíveis. Gente que eu posso jurar que leu cada livro uma vez, ou que se sente suficientemente alimentada pelos filmes. E me pergunto: qual será o verdadeiro significado da saga na vida das pessoas? Não sei se quero realmente saber.

Li o primeiro livro da serie, Harry Potter e a Pedra Filosofal, aos 10 anos de idade. Uma amiguinha da escola me emprestou. Aos 11, ganhei os 3 primeiro livros da serie. Aos 12, o quarto, aos 14 o quinto, aos 16 o sexto e, por fim, aos 18, o sétimo e ultimo livro. Foram anos pautados na espera, na ansiedade, e na felicidade de ter um novo livro em mãos, sempre lendo e relendo milhares de vezes.

Nesse meio tempo, os filmes foram lançados. Na medida permitida por minha cidade interiorana, assisti cada um deles na data de estréia, mas com empolgação comedida. Sempre os desprezei parcialmente por darem lugar a efeitos especiais excessivos e se esquecerem de detalhes importantes na historia. Mas ainda assim me sentia feliz por poder ver meus sonhos materializados na tela.

Porem, agora, tão perto do fim definitivo - sem livros e sem mais filmes -  o vazio me persegue e eu me sinto realmente agradecida por termos um ultimo filme para uma despedida digna. Eu tenho um sentimento muito forte por essa história, que me acompanhou por tantos anos da minha vida. Brinquei de aula de poções, enviei corujas com um grupo de amigas, escrevi fan fics, fui o Rony, colecionei álbuns de figurinhas, colori revistas de desenhos, ri e chorei.

Harry Potter fez REALMENTE parte da minha vida, muito mais do que um livro interessante, muito mais que uma historia diferente no meio das chatices que nos mandavam ler na escola. Talvez seja por isso que me sinto tão irritada ao ver "qualquer um" se declarando fã, por mais que soe infantil ou egoísta. Tenho certeza que milhares de fãs ao redor do mundo passaram pelo mesmo que passei e possuem o mesmo sentimento.  Externo aqui o sentimento de vazio, incompreensível aos olhos da maioria, quando tudo isso acabar. Anseio pela chegada do dia 15. Quero que ele venha e se vá na mesma rapidez, porque tenho certeza que meu coração vai ficar apertado diante de tantas emoções misturadas.

Obrigada, J.K Rowling, por ter feito com que eu aprendesse a acreditar verdadeiramente em qualquer tipo de magia, do fundo do coração, quando eu ainda era uma criança e por ter conseguido manter isso até hoje, como adulta. Obrigada, Harry, Rony, Hermione e tantos outros personagens, por serem meus amigos fiéis diante das agonias passadas durante essa fase conturbada de crescimento e formação de personalidade. Se hoje sou quem sou, é porque, além de toda a educação familiar e escolar recebidas, eu pude contar com uma realidade paralela que me ensinou muito mais do que eu poderia aprender na minha vida real.

Hoje, perto de fazer 22 anos, vejo que quando eu comecei a descobrir esse mundo, pelo menos metade dos atuais fãs mal haviam saído das fraldas. Desejo, de todo o coração, que eles possam usufruir de toda a mágica e emoção que eu. Eles nunca esperaram por nada, e assim continuarão, agora que tudo já está pronto e sei que nunca poderão partilhar dos sentimentos que consegui experimentar. Desejo também que esses pseudo-fãs surgidos do nada se comovam de alguma maneira e se sintam envolvidos não só pela história, mas pela essência de tudo o que foi ensinado em todos esses anos.

Posso afirmar que minha carta de Hogwarts chegou aos meus exatos 11 anos. Que frequentei as aulas, que levei detenções e que me doeu a barriga de tanto comer sapos de chocolate. Nunca percam as esperanças. Tudo isso acontece para quem sabe acreditar de verdade. Que esse término seja apenas simbólico, e que essa história permaneça viva em nossos corações pelos muitos anos que ainda virão. Afinal, já diria Sirius Black: "Aqueles que amamos nunca nos deixam realmente. Podemos sempre encontrá-los em nossos corações".


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Série: Covert Affairs


Logo quando comecei a planejar o blog, eu havia estabelecido uma ordem determinada de séries que eu iria postar. Covert Affairs seria a última, pelo vago motivo de ter sido também a última que comecei a assistir. Mas diante do excelente desempenho da série, eu simplesmente tive que passá-la na frente das outras. Encontrei essa série buscando pelo nome da Piper Perabo, uma das minhas atrizes favoritas depois da Claire Danes, e decidi baixá-la sem colocar muita fé. Assisti os primeiros episódios com pouco entusiasmo, mas aos poucos a história e os personagens me conquistaram muito!

Inicialmente, o tema da série pode soar um tanto quanto clichê: Annie Walker (Piper Perabo) é contratada pela CIA sem terminar seu treinamento, sendo designada por seus chefes para cumprir missões que propositalmente cruzam seu destino com um antigo namorado que a abandonou e é procurado pela agência - mas ela só descobre esse fato um tempo depois. Por mais comum que soe a sinopse, Covert Affairs vem agradando público e crítica, sendo considerada uma das melhores séries que estrearam recentemente. Isso porque a história é enriquecida com uma pitada de drama, excelentes interpretações e uma edição muito legal. A emissora USA Network acertou em cheio ao trazer de volta uma boa história de espionagem,  investigação e drama pessoal.

Durante a série, Annie executa várias missões que tem alguma ligação com Ben Mercer, o homem que a abandonou: um ex-agente da CIA considerado traidor. Ao mesmo tempo, vemos como ela lida com sua irmã Danielle (Anne Dudek), cunhado e sobrinhas, e a amizade com seus novos colegas de trabalho. Dentro da CIA, falo em especial do fofíssimo Auggie (Christopher Gorham, que já entrou pra minha lista de queridinhos por ser tão lindo e ter uma química incrível com a Piper), um agente cego que perdeu a visão em uma missão no Iraque, mas que enxerga muito mais que muita gente naquela agência, e rende momentos inteligentemente engraçados e muito surpreendentes.

A séria também destaca Joan Campbell (Kari Machett), a chefe durona do departamento de Annie, e Arthur Campbell (Peter Gallagher, em participação especial), o chefão da CIA, que são casados e não conseguem separar de forma alguma a vida particular do ambiente de trabalho. Temos ainda o bonitão agente Jai Wilcox (Sendhil Ramamurthy), que possui ascendência indiana, mexe bastante com Annie e tem um papel importante dentro do enredo, embora isso não seja demonstrado em primeira instância.

Eu sempre adorei histórias de espionagem - não de James Bond, Hercule Poirot ou Sam Spade -, mas de agentes que tem realmente uma vida além do trabalho e conseguem conciliá-la, bem ou mal, se aproximando da nossa realidade. Já repeti inúmeras vezes que gostaria de ser agente da CIA, e eu falo sério! Se eu pudesse, eu tenho certeza que me daria bem (podem rir, mas é verdade). Acho que é por isso que eu adoro ver a Annie Walker em ação: ela corre em cima de salto agulha, é convicente, sabe bater, fala muitas línguas e é linda (em tempo: Piper Perabo tem 34 anos de idade, Annie Walker tem 28 - você não perceberia se eu não tivesse avisado, tenho certeza). 


Covert Affairs é uma constante surpresa. A cada episódio algo diferente e inesperado aparece para transtornar tudo o que você achava que sabia. A segunda temporada começou ontem nos EUA, e eu mal posso esperar tudo o que ainda está por vir. É uma série que eu assisto com entusiasmo, agora. Meu coração acelera, brigo quando acho que a Annie fez algo estúpido, dou risada e me emociono. Simplesmente não consigo achar defeitos. Recomendadíssima!

Bônus: Geralmente, depois de um tempo assistindo uma série, a gente perde a paciência com a abertura e acaba pulando, né? Mas com Covert Affairs, pelo menos pra mim, isso não acontece. Gosto tanto da abertura que assisto incansavelmente:




terça-feira, 31 de maio de 2011

Música: Endlessly, por Duffy

Acho que, por tudo que li e ouvi por aí, sou a única fã da cantora galesa Duffy que prefere seu segundo álbum, Endlessly, ao primeiro, Rockferry. É claro que o Rockferry tem uma elegância incontestável, com músicas maravilhosas como a excelente Stepping Stone, o hit Mercy e, na versão deluxe, a minha favorita, Rain On Your Parade e Breaking My Own Heart. Eu adoro a voz e o timbre da Duffy, como já disse em outro post por aqui, destesto vocais fortes e pesados e a voz dela consegue amaciar meus ouvidos perfeitamente. Contudo, reconheço que muita gente acha a voz dela chata, estridente e cansativa, e é por isso que eu acho o álbum Endlessly muito mais interessante de modo geral, do que o Rockferry.
Quando escutamos o Rockferry, fica evidente o clima vintage em letras e melodias, além dele ser mais obscuro e tristonho. Isso não está ausente no Endlessly, porém, entrelaçada à essas características, temos um toque mais leve e pop, que eu particularmente acho que combinou muito bem com a Duffy!

É uma pena a aceitação ruim que o Endlessly teve e o desânimo em divulgá-lo por parte da Duffy. O álbum é cheio de músicas brilhantes, começando pela faixa inicial, My Boy, que talvez teria sido uma escolha melhor como primeiro single, com seu refrão fácil de decorar. Em seguida temos a balada Too Hurt to Dance, que é uma das minhas favoritas por causa da letra: "Please, Mr. DJ, would you turn the music down? Why can't you understand? I'm too hurt to dance tonight...". A terceira faixa, Keeping My Baby, é a mais bem humorada do álbum, e é como se fosse uma releitura de Papa Don't Preach, só que com mais classe e menos irreverência.

Well, Well, Well
é a quarta faixa do álbum e a única música trabalhada por Duffy (até agora, mas acredito que ela vai parar por aí mesmo) e que eu considero como tendo a mesma vibe de seu maior hit, Mercy, mas que não obteve o mesmo êxito, infelizmente. Don't Forsake Me, outra balada, é uma das músicas favoritas e mais bem aceitas do Endlessly, tanto pelos fãs quanto pela crítica. É inegavelmente bonita e eu já me peguei cantando o refrão inúmeras vezes em momentos em que eu estava um pouco pra baixo. A faixa título do álbum, Endlessly, é a menos marcante pra mim. Quando penso no álbum, é a última da qual me lembro e tenho vontade de ouvir.

Breath Away
é outra música que eu apostaria fortemente como single: a letra é ótima e a música é comercialmente gostosa de se ouvir, dando abertura para o início do segmento mais pop do álbum: Lovestruck  e Girl (que foram comparadas à músicas de Britney Spears), duas faixas mais dançantes e despretenciosas. 


A faixa de encerramento, Hard For The Heart, é forte candidata a ser uma das minhas preferidas não só do álbum, mas também da Duffy (só não superou ainda meu amor por Rain On Your Parade). A letra e a melodia são emocionantes, e a voz da Duffy está perfeita.

Fico triste por ver o Endlessly ser tratado com tanto desleixo, mesmo que eu seja uma das únicas pessoas que o considere muito melhor que o Rockferry. Duffy foi realmente corajosa em se arriscar dessa forma e não deveria ter desistido tão rápido de um trabalho tão bem feito. Resta a nós apreciá-lo mesmo sem apresentações ao vivo, divulgação e vídeo-clipes, mas garanto que sua essência mesmo assim não é perdida. Ah, e palmas para o shoot lindíssimo do álbum - gostaria de ter uma cópia física, porque é bem bonito mesmo!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Série: My So-Called Life

My So-Called Life (no Brasil traduzida bregamente como Minha Vida de Cão) é uma série americana que foi ao ar entre 1994 e 1995, e teve como protagonista a (minha) atriz (favorita) Claire Danes em seu primeiro papel, aos 13 anos de idade. Infelizmente nessa época eu tinha apenas 5 anos de idade e não assisti a série em tempo real, mas tive a felicidade de conseguir baixar todos os 19 episódios na internet alguns anos depois. My So-Called Life foi cancelada com uma única temporada - culparam sua baixa audiência pelo fato de a série ser considerada "demasiadamente inteligente para a televisão".

A série gira em torno da garota Angela Chase (Claire Danes), de 15 anos, sua família, amigos e primeiro amor. Falando assim, é de se imaginar que o conteúdo seria um tanto quanto superficial. Mas é somente assistindo para perceber o quão profunda e melancolica essa série foi, permeada por metáforas, ironias e uma pequena dose de humor negro.

Porém, o foco da série não se concentra em excesso em Angela - os outros personagens são bem explorados com igualdade. A irmã mais nova de Angela e seus pais representam, de longe, o verdadeiro retrato american dream, cujos problemas e conflitos são expostos de forma que o telespectador se identifique com pelo menos alguma situação vivida por eles.

Os amigos de Angela são um destaque à parte: a certinha Sharon, que logo se revela mais atirada, a louca Rayanne, álcoolatra, mal comportada e levemente manipuladora, Brian, o nerd chatinho e apaixonado por Angela, e o homossexual Ricky (interpretado pelo ator Wilson Cruz, que logo após descobri como sendo o Angel Melendez, de Party Monster), que é meu personagem favorito e tem uma participação admirável durante a trama.
Para completar, temos o sem graça Jared Leto no papel da grande paixão de Angela, o bonitão Jordan Catalano. Ele praticamente não abre a boca e parece ser tão chato quanto seu personagem, apesar de proporcionar algumas risadinhas ao longo da história.

Meu episódio favorito é o sexto, "The Substitute", no qual um professor substituto de literatura muda a forma como os alunos vêem a matéria e a forma como ela é lecionada, incentivando todos a colocarem o sentimento pra fora nas palavras que vão sendo escritas e aperfeiçoadas ao longo do tempo. É quando alguém escreve um poema um tanto quanto assanhado para o anuário da escola, que, por não ter sido censurado, acaba transitando por toda a escola e causando polêmica. O episódio de Natal, "So-Called Angels" é emocionante, e o episódio final da série, "In Dreams Begin Responsibilities", é igualmente tocante. A série termina com uma icógnita e deixa a gente com um vazio, querendo, se não mais episódios, ao menos um final decente para sabermos o destino de cada personagem.

Em meio a seriados adolescentes atuais fúteis, preocupados principalmente em lançar ícones de moda, a linha seguida por My So-Called Life faz falta. É isso que os jovens de hoje precisam assistir: um pouquinho da própria realidade.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Música: Ke$ha

 
A cantora Ke$ha, de 24 anos, ganhou espaço no mercado da música quando fez um dueto com o rapper Flo Rida e despontou pouco depois com o hit TiK ToK, uma das músicas mais tocadas no ano passado. Antes disso ela já havia escrito canções para The Veronicas e fez backing vocal em álbums de Paris Hilton e Britney Spears.

Quando surgiu, confesso que Ke$ha me chamou a atenção por um fator em especial: ela era suja. Um mix de Avril Lavigne com Taylor Swift, glitter e sujeira. Não simpatizei nem um pouco com ela, apesar de adorar TiK ToK, tudo me irritava nela, voz e visual. Por algumas vezes tentei ouvir seu primeiro álbum, Animal, sem sucesso, porque nunca conseguia ir até o final. Por fim, cansei de tentar e deixei-a de lado.
Britney e Ke$ha
  
Lembrei de sua existência quando Ke$ha se revelou compositora do segundo maior hit de Britney Spears, a música Till the World Ends, presente em seu último álbum de estúdio, o Femme Fatale, do qual já falei por aqui. Depois disso, Ke$ha também fez participação no remix da música, juntamente com a rapper Nick Minaj. Foi aí que pensei: se a Britney, que é tão seletiva, deu uma chance pra essa menina (que inclusive já alfinetou algumas vezes em declarações) porque eu não devo tentar mais uma vez? Então, por mais brega que possa soar, deixei o preconceito de lado e abri meu coração para ouvir suas músicas.

Comecei de trás pra frente, ouvindo o EP Cannibal, que foi lançado também em versão deluxe com o álbum Animal este ano. Confesso que a música Blow, segundo single desse trabalho, já havia me conquistado há tempos mas eu não queria admitir. A música é incrível! O vídeo é um dos meus favoritos de todos os tempos. Sleazy, We R Who We R  e Cannibal, que dá nome ao EP, também são músicas marcantes que favorecem por completo o estilo de Ke$ha: dançante, contagiante, despretencioso e, por que não, sujo! No álbum Animal, minhas favoritas são os singles Your Love is My Drug e Take it Off, além das ótimas Back$tabber e Dancing With Tears in My Eyes, e, claro, TiK ToK! Na minha opinião, o EP valoriza mais a voz da Ke$ha e reafirma realmente como ela quer ser vista pelo público, enquanto o álbum é mais uma introdução, um experimento para ver como ela seria aceita. Ou seja, pra mim, Cannibal tem muito mais personalidade e tomara que os próximos trabalhos da cantora continuem seguindo essa linha.

Pra mim, compôr não é um fator muito importante para um cantor. Acredito que a interpretação é tudo: uma música ruim pode ficar ótima com o artista certo. Mas é legal frisar que, por mais superficiais que sejam suas letras, Ke$ha também pode escrever além de cantar. Seus atributos vocais não são os melhores do mundo, mas a voz dela me agrada bastante, com ou sem sintetizadores: detesto vozes gritando no meu ouvido - gosto de Christina Aguilera e Rihanna, mas paro por aí -, e a voz ela é firme e nada forte, seguindo o padrão das cantoras que eu normalmente costumo ouvir.

Ke$ha, ao meu ver, é tudo o que Lady GaGa queria ser e não conseguiu: irreverente, debochada e diferente, sem precisar ser uma aberração ambulante e usar tantos artifícios apelativos. É claro que ela nunca foi suja desde sempre, mas é visível que ela conseguiu se encontrar assim e incorporar essa personagem muito naturalmente, sem parecer forçada. Descobri que gostar da Ke$ha é pra poucos, e é por isso que demorei tanto pra me deixar levar por essa garota única e talentosa. Na verdade, eu já estava envolvida há muito tempo, só me faltava a coragem e um empurrãozinho da Britney pra eu admitir logo.

Então, a recomendação que faço pra vocês é: SE JOGUEM NO GLITTER, 'CAUSE THIS PLACE ABOUT TO BLO-O-O-O-OW!





segunda-feira, 16 de maio de 2011

Livro: Como desaparecer completamente e nunca ser encontrado, por Sara Nickerson

Esse livro caiu em minhas mãos quase que ao acaso. Foi minha opção em uma troca de livros na internet, e eu o escolhi sem saber absolutamente nada sobre ele, pois na descrição do site de trocas continha pouquíssimos detalhes. O livro chegou intacto, dando a impressão de nunca ter sido lido e nem ao menos folheado. E, sendo assim, posso dizer que tenho muita pena do antigo dono dele, que perdeu uma excelente leitura!
A personagem principal desta história é Margaret, uma menina de 12 anos que era bem diferente das outras por acreditar em coisas que ninguém mais daria créditos. Seu pai morreu e desde então sua mãe, Lizzie, vive em silêncio, mal prestando atenção nas tarefas domésticas. Margaret também tem uma irmã mais nova, Sophie, que consegue ser irritante e indispensável ao mesmo tempo durante toda a história.
 Um dia, Margaret e Sophie são levadas pela mãe até uma mansão abandonada, onde Lizzie coloca uma placa À VENDA PELO PROPRIETÁRIO no jardim. Absorvendo todo o clima obscuro e o mistério em torno daquela casa, Margaret, permeada no silêncio da mãe, se convence de que tudo isso tem a ver com a morte de seu pai. Ela começa uma investigação em parceria com o vizinho da mansão, Boyd, um companheiro que possui uma coleção de revistas em quadrinhos muito especial.  
Como desaparecer completamente e nunca ser encontrado foi escrito por Sara Nickerson inicialmente em forma de roteiro, e, por isso, é repleto de histórias em quadrinhos que ilustram a história e dão um toque a mais de suspense, permitindo que o leitor visualize exatamente o que está acontecendo durante a narrativa.
Com um final surpreendente, a história mistura realidade e ficção na medida certa, fazendo com que o possível e o impossível se entrelacem de maneira sutil. Este livro é, com certeza, uma bela lição de como o mundo e as pessoas podem ter sempre dois lados: um bem bonito e o outro nem tanto.
Gostei tanto deste livro que, ao terminar de ler, corri para o computador e enviei um email para a autora Sara Nickerson, tanto para elogiá-la quanto para pedir algumas dicas quanto à escrita, e ela me respondeu docemente, com conselhos e palavras que eu levarei comigo pra sempre. Ela é muito educada e acessível, porém se manteve em silêncio quando perguntei a respeito de um próximo livro. Espero que isso não seja um mau sinal! Continuei em contato com ela pedindo dicas e orientações, e sempre recebo respostas que me deixam com mais vontade de melhorar minha escrita. Com certeza, se um dia eu escrever um livro, parte da dedicatória vai para ela!
Se você quer saber como desaparecer completamente e nunca ser encontrado, leia esse livro e suas ótimas dicas, mas sem se esquecer de que elas podem não funcionar tão bem assim...!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Música: 06 de maio, Hanson Day!


Eu estava ansiosíssima para postar sobre Hanson aqui, mas decidi esperar uma hora propícia para tal. Eis que ela chegou: dia 06 de maio, Hanson Day! Essa data é comemorada pelos fãs de todo o mundo, pois marca o lançamento oficial do primeiro álbum da banda, Middle of Nowhere, que aconteceu há 14 anos atrás. Todo mundo se lembra do trio de irmãos loirinhos Isaac, Taylor e Zac, que bombou com o  hit MMMBop. Os meninos cresceram e continuaram fazendo sucesso, mais maduros e com o disco This Time Around. Passaram por contratempos com a gravadora e sumiram um pouco da mídia, até voltarem 2004 com o excelente álbum Underneath, lançado pelo selo próprio 3 Cars Garage. A partir de então, a qualidade musical dos meninos melhorou cada vez mais, com os álbums The Walk, de 2007, e o mais recente, Shout It Out, de 2010. 

Eu tenho um amor muito especial pelo álbum Underneath, que marcou muito o auge da minha adolescência (eu tinha 14 anos, na época) e pela paixonite aguda que tenho pelo Zac Hanson, surgida nessa época e ainda a única que dura fortemente até hoje (porque a cada ano que passa, ele fica melhor! Juro que meu coração dispara horrores toda vez que vejo uma foto ou ouço a voz dele... hahaha!). Mas, apesar disso, eu realmente não consigo escolher um álbum só pra falar aqui... então decidi falar brevemente dos lançamentos mais importantes da carreira deles (vou excluir da lista álbums natalinos, acústicos, EP's... acho desnecessário!), afinal, hoje é Hanson Day e meus meninos merecem destaque!

1. Middle Of Nowhere (1997)
Não sou muito fã desse álbum. Apesar do talento visível e das letras muito maduras, infelizmente as vozes incomodam muito por serem ainda tão infantilizadas. Mas, pela qualidade das músicas, me delicio muito quando os meninos ainda tocam algumas em shows e apresentações atuais. Minhas favoritas são MMMBop (claro!) e Yearbook. Eu particularmente não tenho muita paciência pra ouvir esse álbum até o final, mas a banda nos deu de presente uma gravação acústica dele que é maravilhosa e o torna bastante interessante, e que me fez amar Look at  You e A Minute Without You


2. This Time Around (2000)
Pra mim, a consolidação da carreira do Hanson começa aqui. Quem já não quase morreu de chorar assistindo a uma cena da novela Laços de Família ao som de Save Me?  Quem não se lembra de assistir ao clipe de If Only inúmeras vezes nos tempos áureos da MTV? Esse álbum é muito bom mesmo, cada música tem uma letra muito bem escrita e você não enjoa nunca. Destaque para Hand in Hand, em que o Ike mostra que também tem uma voz muito bonita e que fica mais encantadora em parceria com a letra maravilhosa, e pra In The City, a mais agressiva do disco (quando o Taylor canta "Do you love me, little pretty?" é de derreter qualquer uma!).

3. Underneath (2004)
Como já mencionei, esse álbum é meu xodó. Achei que eu nunca fosse ter uma cópia física dele, mas tive a agradável surpresa de encontrá-lo por R$ 10,00 na banca de uma loja fuleira da minha cidade, que estava fazendo um saldão porque ia fechar.  Minha música favorita do disco é Lost Without Each Other. Como ouvi essa música! Dias inteiros, sem parar... É a cara do Hanson, até quem não os escuta há muito tempo os reconheceria por essa música. Não posso deixar de mencionar os maravilhosos solos do Zac: Misery, Broken Angel e Lulla Belle. Que voz (que olhos, que boca, que sorriso, que cabelo, que...)! Também gosto muito de Deeper, solo do Ike. Esse álbum é pra vida, sem mais. Belíssima trilha sonora, de verdade.

4. The Walk (2007)
Esse álbum marcou o início da participação social do Hanson. Os meninos produziram boa parte do disco na África, e contou com a participação de um coral infantil sul-africano em algumas faixas. Todo o lucro da venda do single Great Divide foi doada a um hospital que cuida de pacientes com AIDS. Boas ações a parte, esse cd contém meu solo favorito do Zac, a música Go, que teve um clipe maravilhoso (com muiiiito destaque ao Zac, haha!) que vocês podem conferir clicando aqui. O Zac também canta solo em várias outras músicas do álbum, deixando o Taylor praticamente como coadjuvante: Running Man, Fire On The Mountain e Tearing It Down são as que eu mais gosto além de Go e dentre outras mais em que o vocal dele é o principal. Minha música favorita desse álbum é uma bônus, e acústica: Got a Hold On Me, contagiante e uma das minhas favoritas entre todas as músicas do Hanson. Tenho escutado incansavelmente nas útlimas semanas.

5. Shout It Out (2010)
O álbum mais recente do Hanson tem elementos do blues e do pop, e eu o considero a produção mais alegre que os meninos já fizeram até hoje. A seriedade e melancolia ficam um pouco de lado, tanto nas letras quanto nas melodias, e dão lugar a canções que dão vontade de dançar, onde o piano fala mais alto. Como a própria banda disse em entrevista, era a hora certa para eles se divertirem um pouco e com certeza o fizeram muito bem! Thinkin' Bout Something e Give a Little tiveram clipes divertidíssimos e super bem produzidos, traduzindo perfeitamente essas "férias" que os meninos tiraram (Zac dançando é impagável e vale por muiiita coisa nessa vida! - confira os vídeos clicando aqui e aqui!).

Acredito que em cada parágrafo consegui passar um pouquinho que seja do que cada álbum do Hanson representa. Eles marcaram muito minha vida, e eu conto com a possibilidade de assistir um show algum dia... e que este dia não demore. Resumindo... That's how music should sound!

Happy Hanson Day!